PERFIL POÉTICO

KAREN GIMENEZ

Por Chico Carlos

A mestra das mestras: sempre carinhosa, sempre paciente com os filhos do saber.
Profissional plena de luzes e nuances próprias; vibrante na arte de transmitir conhecimentos, no incentivar sonhos, no apontar caminhos.
Os olhos, de um brilho misterioso, exteriorizam a pureza da alma, o viço dos encontros mágicos. No sorriso enigmático, a ternura dos corações em festa, o acalanto das esperanças.
Ave Karen, que os bons ventos sejam querubins no seu voar...

O inicio

Nasci no dia 9 de dezembro de 1961, no Rio de Janeiro; tendo como pais Emerentina Gimenez e Nilton Lelis Leite.

A infância

Aos três anos já morava em Niterói, cidade mais charmosa do mundo, em uma vila na Rua Miguel de Frias, em Icaraí.
Ao lado das minhas irmãs Kátia e Karla, sonhei os primeiros sonhos, vibrei com as primeiras descobertas. Minha mãe esteve sempre presente como uma pastora dedicada e vigilante.
IEPIC- Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho...

A adolescência

Deixamos a vila; ficou no tempo a imagem de um velocípede...
Novo lar, novo pouso: um apartamento sem playground...
Os livros tornaram-se companheiros inseparáveis, testemunhas não silenciosas de uma menina tímida, retraída, arquiteta de um “universo” construído nas bibliotecas.
Meu mundo foi transportado para o Gay-Lussac...

Sonhos

Conhecer a Europa sem tempo determinado para volta; observando, aprendendo, documentando, registrando na alma cada pequeno detalhe mesmo sem grande significado.

Frustração

Meu pai morreu muito jovem. Sua morte reduziu minhas referências e diminuiu a importância de alguns valores. Ficou a expectativa dos momentos que não vivi e que poderia ter vivido com intensidade a seu lado.

Saudades

Da minha avó Emerentina...
De Zeca, marido e amigo por tudo que representou, por embalar e ser parte de muitos sonhos, pela cumplicidade nas descobertas, pela relação plena.

Amor

O amor tem que ser generoso, compreensivo, se entregar nas renúncias e nas concessões, se encontrar e crescer no respeito às individualidades.

A inveja

É um problema do outro.

Um orgulho

Quando prestei concurso para o cargo de professora substituta da UFF -Universidade Federal Fluminense- três ex-professores faziam parte da banca de avaliação: recebi os maiores elogios, incentivos e o reconhecimento público a minha capacidade profissional.

A verdade

Não estou na vida a passeio. Tenho metas, planos e sonhos; pequenos e grandes momentos são iguais na importância, basta ter critérios definidos.

A morte

A morte, acredito na reencarnação, é uma passagem de ida com a volta assegurada, uma mudança de plano, uma reciclagem do espírito, fundamental à evolução.
A morte não é uma perda: é uma breve ausência que é saudosa como todas as ausências.

Uma vitória

O reconhecimento ao meu trabalho comprova que com seriedade, disciplina espartana e muito amor, podemos crescer por méritos próprios.

As derrotas

Os reveses da vida deixam subsídios importantes ao aprendizado ao crescimento profissional e pessoal.

Personalidade

Chico Buarque, pela consciência político-social, por guiar gerações.

Um livro

Carta ao meu Pai, de Kafka.

Deus

A essência, o âmago do amor...
A fé inabalável na grandiosidade do Seu poder, encurta e torna os caminhos menos espinhosos, mais fraternos.

Agradecimento

A Deus, por me tornar uma operária da vida: generosa, fraterna, equilibrada, honesta com Seus princípios, responsável com as minhas convicções.