UNITERÓI

Blog idealizado por alunos de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo do UNIPLI.

Esse espaço será usado como meio de comunicação direta do público com o Jornal Uniteroi. Será utilizado também como espaço para alunos de todos os períodos do curso de Comunicação da universidade mostrarem o seu trabalho.

Estamos abertos a críticas, sugestões e elogios, esperamos atender as vossas expectativas, assim como nos realizar profissionalmente.

Buscando sempre a excelência, nos comprometemos a exercer nossas atividades acadêmicas da melhor maneira possível, para que assim sejamos absorvidos e eleitos pela sociedade no geral como profissionais de gabarito.

Grato!

Rafael Schroder
Uniterói Web

quarta-feira, 30 de abril de 2008

COMUNIDADE

MORRO DA CHARITAS QUER DEFINIR SEU FUTURO

O morro da Charitas, conhecido como Comunidade da Hípica, que conta com mais de 80 anos de história, vem tendo preocupações. Alguns moradores estão desconfiados do recadastramento que vem sendo realizado na comunidade. O medo é que as famílias que vivem ali há tantos anos sejam removidas.
O Presidente Sérgio Luiz Mariano de Oliveira (55) acredita que o recadastramento é para o bem do lugar e que os moradores terão suas propriedades reconhecidas pela prefeitura. Entretanto não poderão vender os terrenos para especuladores imobiliários. “Estamos em negociação com a prefeitura. Uns dizem que o terreno onde está estabelecida a comunidade pertence ao Aeroclube, outros que pertence a Hípica. Existe uma divisão de interesses na localidade. O recadastramento vai ser para doar os terrenos para os moradores, mas muita gente não está entendendo isso.” Concluiu o presidente.
O temor desses moradores não é vão, já que há algum tempo atrás puderam assistir a ação dos tratores removendo uma comunidade vizinha. Sérgio disse que 70 % dos moradores já estão cientes das verdadeiras intenções da prefeitura e estão satisfeitas com as condições dos terrenos, que serão doados no regime usos e frutos, onde o bem passará dos pais para os filhos. Reuniões estão sendo feitas no intuito de esclarecer a parcela que ainda teme pela sua segurança.

Falta tudo

Outros motivos servem de preocupação. A comunidade não tem sede de associação, creche ou médico de família. O Presidente afirma que eles têm um módulo do médico de família, mas este se encontra no Preventório. “Preventório é uma coisa e Morro da Charitas é outro. As pessoas têm mania de misturar. Lá existem dois módulos, porque um é nosso.”
Rafaela, moradora do lugar, nos contou que muitas vezes ao chegar ao Posto não encontra atendimento e não recebe ao menos um encaminhamento para outro lugar. A creche também fica no Preventório e não consegue atender as crianças das duas comunidades. “As crianças ficam em casa, pelos quintais. Como não temos onde deixa-las, ficamos impossibilitadas de trabalhar.” O esgoto foi outro problema levantado por Rafaela, que teme ser atacada pelos ratos que passam por ele.
Jane, outra moradora, apoiou as reivindicações de Rafaela e acrescentou que um espaço para lazer onde houvesse atividades para as crianças seria de muita ajuda. “Da região somos os mais esquecidos.”

Projetos Sociais

Existem dois projetos sendo realizados. Ambos ligados à área de esporte e priorizando o atendimento infantil. O Viva Vôlei e o futebol. Eles acontecem durante a semana, na Praia de Charitas.
O Secretário Regional, Fábio Ferreira, tem ajudado muito a comunidade e os projetos em andamento. O campo da praia foi praticamente refeito e o esgoto que desembocava ao lado foi removido.

- Viva Vôlei: infantil
2°, 4° e 6° feira
18:00 às 20:00

- Futebol: infantil e feminino
3° e 5° feira
18:00 às 20:00

Um dos Blocos mais tradicionais da região

O Morro da Charitas também possui um dos blocos carnavalescos mais tradicionais da região, O Bloco do Pau Caído. Foi contabilizado a venda de mais de 35 caixas de cerveja em menos de 4 horas no desfile desse ano e conta anualmente com a participação de pessoas de comunidades vizinhas, da própria comunidade, de banhistas da praia e foliões de outros estados do país. O Presidente conta que “tem um pessoal de Brasília que todo ano vem para desfilar e deixam a camisa paga com antecedência para não ficarem em falta.”
Mesmo com participantes de fora o Bloco conserva uma característica familiar e nos 10 anos de desfile nunca teve confusão. As camisas desse ano foram patrocinadas pelo Secretário Regional. Uma verba da Prefeitura cobriu os custos com a bateria, cedida pelo Cavalão (Mocidade de Icaraí) e Jurujuba, com o carro de som, entre outras necessidades do desfile. A chuva atrapalhou um pouco, mas deu tudo certo.

De uma simples moradia a uma comunidade

Na época em que Charitas era um descampado, o aeroclube funcionava como aeroporto para pequenos aviões. O mecânico que consertava os aviões no hangar se Chamava José Rangel, o primeiro a colonizar o Morro da Charitas, junto com Sofia Rangel, a cerca de 80 anos atrás. Depois vieram as outras famílias. A família Costa, a da Dona Nilda, Nilza, do Senhor Justiniano, Vermelhinho, entre outras que foram chegando.
Sérgio Luiz, nascido e criado no lugar lembra que não chegavam a dez famílias. “A minha mulher é da família Rangel. Isso que você vê aqui é o progresso dessas famílias.”
Clarismundo Costa chegou ao morro com nove anos e hoje com 70 conta que muita coisa mudou. O Colégio Assunção era de madeira e a paisagem que tinha acesso não é mais a mesma, pois os prédios estão tapando tudo. “Mas estou satisfeito onde vivo. É um lugar calmo com uma ótima moradia.”
A Associação de Moradores da Charitas existe desde 1992 e atualmente conta com Sérgio Luiz na presidência e Márcio como Vice-presidente. Ambos estão cumprindo o final do seu mandato com muita luta e aprovação da comunidade.

Entrevista com o Presidente

Comunidade: Por que você está largando o cargo?
Sérgio Luiz: Meu tempo acabou. O Presidente só pode ficar quatro anos na associação e o mandato acaba agora em Março. Está acontecendo nova eleição para definir quem vai ocupar o cargo.
Comunidade: Como você avalia sua gestão?
Sérgio Luiz: Sou nascido e criado aqui. Conheço todo mundo. O problema é que são poucas pessoas a colaborar com a organização da comunidade. Tudo que acontece às pessoas vem me procurar. É dentadura, briga de casais, vizinhos... Como Presidente o indivíduo tem de aturar certas coisas, já como morador é diferente. Acho que o pessoal ta vendo muita novela. Só pode ser.
Comunidade: Existe algum tipo de ajuda de custo oferecida para a associação?
Sérgio Luiz: Não. Já ouvi falar de alguns lugares que tem, mas aqui não chega nada. Eu pago para resolver os problemas. Se gasta dinheiro com passagem, xérox... isso sai é do meu bolso. E ainda tem algumas pessoas que malham. Dizem que Presidente de associação é ladrão.
Comunidade: E as necessidades básicas do lugar? Estão sendo atendidas?
Sérgio Luiz: Não temos Gari Comunitário. A escadaria de acesso é varrida pelos próprios moradores. Estamos correndo atrás para conseguir trazer nosso módulo do médico de família que está no Preventório para cá e uma creche também. Charitas é um lugar muito bonito, mas hoje vocês vão conhecer o submundo.
Comunidade: E com sua saída como vai ficar o futebol?
Sérgio Luiz: Estou deixando a presidência, mas no projeto ninguém mexe. Vou continuar trabalhando com as crianças e organizando a pelada dos adultos na praia. O futebol infantil é algo com que trabalho a cerca de 40 anos e já atende a mais de 70 crianças. Isso vale também para o bloco em que já estou na presidência há três anos. São coisas distintas. Continuarei a frente delas.
Comunidade: E o time veterano?
Sérgio Luiz: Durou mais de 30 anos. Agora já morreram quase todos. A faixa etária era acima de 45 anos. Do time veterano só sobrou uns quatro. Eu, meu irmão e mais uns dois coroas. Hoje eu jogo com a garotada na pelada deles, com meu filho Leleco e os amigos.

O Preventório comemora a chegada do PAC

A obra do Pac (Projeto de Aceleração do Crescimento) já começaram na comunidade do Preventório em Charitas. As obras contam entre outras coisas com a construção de conjuntos residenciais e áreas de lazer.
O Presidente da Associação de Moradores do Morro do Preventório (AMMP), Leonardo Soares, está muito animado com o acontecimento e nos contou um pouco sobre o que vem acontecendo no lugar.

Comunidade: Como está sendo o primeiro contato com o PAC?
Leonardo: Eles fizeram as primeiras visitas a algum tempo atrás, quando vocês fizeram o primeiro trabalho com a gente para o n° 1 do UNITERÓI, detectando os problemas. Agora eles fizeram o cadastramento das pessoas que querem trabalhar no projeto e estão chamando as equipes. São os bombeiros, Pedreiros, Carpinteiros... A mão de obra local está sendo muito bem aproveitada. Já inscreveram mais de oitocentos moradores. O material já está chegando também.
Comunidade: Eles pretendem começar por onde?
Leonardo: As primeiras obras serão os prédios que vão alojar as famílias que estão em área de risco ou de preservação. Vão fazer 12 blocos perto da Sucam, depois vão por trás do CIEP e para perto do corpo de bombeiro. Vão ser apartamentos com dois quartos, cozinha, banheiro e área de serviço.
Comunidade: Vai haver construção de alguma área de lazer, já que aqui vocês só têm a praia?
Leonardo: Serão construídas duas áreas de lazer na Travessa Bela vista e uma quadra de esportes depois do Cantinho da Pedra. O Centro Comunitário será ao lado do Hospital Psiquiátrico.
Comunidade: E o saneamento?
Leonardo: Tem toda uma área onde vão priorizar água, luz e esgoto. Vai haver também a pavimentação de várias vias de acesso.
Comunidade: Eles têm previsão para a entrega dessas obras?
Leonardo: A previsão é para um ano e oito meses.

Alarico de Souza fecha campeonato com chave de ouro

Mesmo sem a vitória do time local, União do Zulu, o campeonato de futebol do Morro do Alarico contou com uma grande festa. O Presidente da Associação dos Moradores Alarico de Souza, Ricardo Monteiro, junto com toda a sua diretoria, organizou uma farta distribuição de Ovos de Páscoa para a criançada enquanto um grupo de pagode animava o jogo.
A torcida da União do Zulu marcou presença com duas bandeiras enormes, bateria e muita animação. A final entre União do Zulu e Toque Certo garantiu a vitória para o time visitante. Os troféus foram distribuídos em clima de confraternização e euforia.
Quem pôde passar o domingo de páscoa nessa comunidade de Santa Rosa, com certeza não teve do que se arrepender.

terça-feira, 29 de abril de 2008

CIDADE

PESCADORES DE PIRATININGA TEMEM MORRER NA PRAIA
Por Tayana Souza

A história da poluição da lagoa de Piratininga que se arrasta desde 1978 chega a um momento crítico. Os peixes estão morrendo devido à falta de oxigênio na água e o excesso de lixo. Sendo uma região pesqueira o desemprego vem causando diversos transtornos à população local.
As obras, paralisadas por um longo tempo, são de responsabilidade da Serla (Superintendência Estadual de Rios e Lagoas) e prevêm a abertura de um túnel de 988 metros que permitirá a entrada da água do oceano, através da praia de Piratininga, à lagoa, oxigenando e revitalizando as águas.
No inicio de 2007 o Prefeito Godofredo Pinto e o Secretario de Estado de Ambiente, Carlos Minc, estiveram visitando as lagoas e anunciaram o inicio das obras.
Duas entidades representativas locais FESN e FEC esperam que dessa vez não se trate de mais uma propaganda enganosa das autoridades públicas e que, de fato, os governantes dêem inicio às obras do Programa de Despoluição e Revitalização da lagoa de Piratininga.
Samuel Lessa, o Samuca, 55, um dos mais antigos e conhecidos pescadores dali é funcionário público aposentado e vive há 45 anos no lugar. Ele diz que: “Antigamente se vivia apenas da pesca, pois a lagoa era limpa e rica em peixes grandes e saudáveis, que rendiam um bom salário no final do mês. Hoje está dando apenas peixes pequenos, cheios de espinhas, que no final acaba trazendo desvantagem. Atualmente o lucro é próximo à R$ 2,00 por Kg.”
Para Samuca, que fica o tempo todo ao lado de seu maior companheiro, Túlio, um cachorro de 22 anos, uma das esperanças para a limpeza da lagoa e a volta dos peixes é o túnel que está sendo construído, mas a seu ver, esse procedimento é ao mesmo tempo preocupante pelo fato de que os peixes de água salgada podem não se adaptar.
Se as pessoas não se sensibilizarem e não pararem de jogar lixo na lagoa, mesmo tratada, ela pode voltar a apresentar os mesmos problemas atuais de poluição. Basta cada um fazer seu trabalho de cidadão para que a as forças maiores possam querer ajudar.

CIDADE

PRAIA DE ICARAÍ VIRA PRAÇA POLIESPORTIVA
Por Luana Soares

Uma academia ao ar livre. É essa a sensação de quem passa pela Praia de Icaraí, em Niterói, pela manhã ou no final da tarde, e vê todo tipo de gente fazendo diversas atividades. Nesses horários, várias pessoas podem ser vistas caminhando pela orla, praticando esportes, ou simplesmente colocando a conversa em dia. Eles são o que se convencionou chamar de “atletas urbanos”, transformando a areia e o calçadão da principal praia da Zona Sul numa grande academia.
Uma das freqüentadoras assíduas da praia é a advogada Luísa Antunes, de 46 anos. Para ela, caminhar, enquanto se sente a brisa do mar e se observa as mais belas paisagens naturais e pontos turísticos famosos da cidade, é um prazer matinal de que não abre mão. Segundo Luísa, a tranqüilidade do dia é garantida após o trajeto no calçadão.
“Caminho todos os dias em Icaraí. Aqui o ambiente é saudável, revejo amigos, faço outros e começo o dia da melhor forma possível. Impossível amanhecer e não vir aqui para ser abraçada pelo Cristo Redentor”, comenta a advogada.
Outra modalidade esportiva disputada na praia é o jogo de peteca. Há mais de vinte anos, todas as manhãs, o grupo “Veteranos da Peteca” se reúne em um ponto em frente à Rua Belizário Augusto, para continuar com a paixão pelo hobby. Atualmente, cerca de 25 pessoas, a maior parte idosos, homens e mulheres, participam da brincadeira que gera até campeonatos entre eles.
“Nosso encontro é sagrado. Reunimos o pessoal pra brincarmos com a velha amiga peteca. Jogo todos os dias. É a melhor receita para ficar com a cuca fresca”, ensina o aposentado Gotardo Castelo Branco, de 68 anos, o “Piauí”, que por tanta paixão pelo esporte, lançou um livro sobre o assunto.

Segundo o aposentado, a peteca é uma opção de lazer de baixo custo e que não difere as pessoas. Não há limite de idade. É possível encontrar idosos de até 94 anos jogando.
O grupo, inclusive, já participou de várias categorias na última edição da tradicional Semana de Icaraí (voltada para o esporte), e se consagrou campeão entre times formados apenas por jovens.
Nas areias, presença marcante são os participantes do Projeto Gugu, criado pelo professor de educação física e médico ortopedista Augusto Bittencourt em abril de 1995: um sucesso entre os idosos de Niterói. O programa, através de aulas de ginástica, dança de salão, teatro, música e passeios, busca reintegrar o idoso na sociedade.
“Muitas vezes o idoso perde a sua estima e independência com a idade. O objetivo do programa é, através de atividades físicas, fazer com que eles tenham uma vida mais ativa e também aumentar os contatos sociais”, explicou Gugu, que também atua em 35 núcleos espalhados pela cidade.

CIDADE

ANTÔNIO PEDRO SEGUE EM GREVE MESMO COM SURTO DE DENGUE
Por Marcela Coutinho & Thiago Veras


O Hospital Universitário Antônio Pedro mantém a greve iniciada em fevereiro em plena crise da saúde pública, gerada pelo surto de dengue. O motivo da paralisação é a falta de médicos, enfermeiros e medicamentos. Os pacientes que chegam procurando pronto atendimento são encaminhados para o Hospital Municipal Carlos Tortelly e Hospital Estadual Azevedo Lima.
Uma enorme faixa na entrada do hospital com os dizeres “Lula corta verbas e hospital HUAP fecha as portas da emergência” foi colocada com a intenção de alertar a população da situação crítica em que se encontra o hospital. O médico-cirurgião João Alves Bezerra informou que a placa justifica o protesto pelas más condições de trabalho.
“Está faltando gente na equipe e materiais. Apesar da greve, não tem como deixar de atender os pacientes. Se chegar alguém em estado realmente grave será atendido, mas nestas condições fica humanamente impossível oferecer um serviço de qualidade”
O vendedor Jorge Luiz Lima, de 56 anos, declarou sua revolta com o estado crítico do Hospital. “ É um absurdo um Hospital como o Antônio Pedro, que já foi referência na saúde, estar com a emergência fechada. A população precisa de um atendimento mais eficaz, senão vão continuar morrendo pessoas constantemente”
O surto da dengue que ataca o estado do Rio de Janeiro é preocupante tendo em vista o fato de que um dos mais procurados hospitais da região não está atendendo.
A médica Luciana Amaral, que trabalha no hospital Antônio Pedro há duas semanas, disse que não tem atendido muitos casos de dengue em Niterói e que por enquanto a situação está controlada aqui. A respeito das especulações de que estariam abafando os casos de óbito por dengue, em Niterói, ela diz que até agora só viu um caso grave. Era dengue hemorrágica, num hospital em que ela trabalha, na cidade, mas que, mesmo assim, não foi a óbito.
A empregada doméstica Solange da Silva, de 43 anos, se diz preocupada do surto atingir também a cidade de Niterói. Ela acha que Niterói não está preparada para enfrentar o vírus, caso a situação aqui fique igual a que se encontra o Rio de Janeiro.
Ela também reclama pela ausência dos carros de fumacê que costumavam passar com freqüência e hoje já não passam mais.
Um ato contra a dengue foi promovido pelo sindicato dos trabalhadores da UFF (Sintuff), no dia 7 de abril, às 7h, no Hospital Universitário Antônio Pedro e no mesmo dia, às 11h, nas Barcas.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

COMPORTAMENTO

INTERNET OFERECE UMA GEOGRAFIA DO CRIME
Por Larissa Helena

Existe na internet há dois meses um mapa no site www.wikicrimes.org que oferece aos usuários o registro de ocorrências criminais, constituindo uma espécie de geografia das regiões mais perigosas para a população. A idéia é que os cidadãos consultem periodicamente o serviço para saber quais locais devem ser evitados em cada município. Niterói já entrou também naquele mapa com alguns registros.
Para o criador do projeto, Vasco Furtado, pesquisador na área de tecnologia aplicada em segurança pública, a publicidade do registro de ocorrência traz transparência para a população, e possibilita que todos tenham acesso a informações que hoje o Estado centraliza. Ele diz que “o cidadão poderá tomar decisões em relação a sua segurança como deixar de pegar certa rota ou mesmo pressionar as instituições responsáveis por soluções.
Segundo o idealizador do site, seria importante haver colaboração das polícias civil e militar, além do Ministério da Justiça para aperfeiçoar o serviço. Se o WikiCrimes conseguir as informações do PRONASCI, ele será mais realista. No mapa de Niterói, por exemplo, estão registrados somente três ocorrências. O sistema funciona até agora a partir da contribuição da população. Furtado enviou uma correspondência a todos os secretários de Segurança do País solicitando colaboração. Mas ainda não obteve nenhuma resposta. Além dos crimes, a idéia é colocar no site também fotos de pessoas desaparecidas ou de procurados pela justiça para que os cidadãos auxiliem na localização.
O site foi lançado em Fortaleza. Os registros em Niterói são de roubo a residência, furto a transeuntes e roubo e furto de veículos nos bairros Engenho do Mato, Itaipu e Centro.
Ao todo, o site tem 351 registros. Considerando que está no ar há dois meses e que pretende registrar crimes do mundo inteiro, já dá para perceber o quando seu idealizador vai ter de trabalhar. Mas ele não desanima. Informa que as vítimas não precisam ter medo de registrar pois o programa não está interessado em dados pessoais.
Basta descrever a ocorrência, registrando-a no mapa.