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Estudo do Inca prevê 500 mil casos de câncer até 2010

Cerca de 500 mil novos casos de câncer estão previstos até 2010. É o que diz um estudo realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), divulgado no último dia 24. De acordo com os pesquisadores do Instituto, até 2020, os casos de câncer no Brasil aumentarão 38%, correspondendo assim ao aumento da população. Entre os tipos mais comuns da doença, o Inca prevê para o próximo ano, um aumento considerável no câncer de pele, próstata e mama.

O câncer de pele do tipo não-melanoma é o de maior incidência. Estima-se para o ano que vem, cerca de 114 mil novos tumores deste tipo, o que corresponde a 23% do total de casos. De acordo com o estudo do Inca, 10% dos casos de câncer não-melanoma que estão previstos para o próximo ano, podem ser evitados com medidas de proteção à radiação solar. Com exceção deste tipo específico da doença, 30% dos novos casos podem ser evitados com o controle de tabagismo e 35% das pessoas podem, e devem, se proteger através de uma alimentação saudável.

O câncer de próstata atinge cerca de 28,7% dos homens, seguido do de pulmão e o de estômago. A pesquisa revela ainda que, a cada 100 mil homens, 54 terão câncer de próstata! Segundo o Inca, os homens devem realizar o exame de toque a partir dos 50 anos, mesmo sem os sintomas do tumor. Já cerca de 25,6% das mulheres são as mais afetadas, principalmente, pelo câncer de mama, seguido pelo de colo do útero e cólon e reto. De acordo com o Instituto, o exame de mamografia é indicado anualmente para mulheres a partir dos 40 anos. Porém, para pessoas com histórico da doença na família, é recomendado que os exames comecem a partir dos 35 anos de idade.

O dia 27 de novembro é agora o Dia Nacional de Luta contra o Câncer de Mama. O projeto de lei apresentado pelo deputado federal Ricardo Barros (PP) foi aprovado no último dia 10 pelo Senado e segue para ser sancionado pelo presidente Lula. Segundo o projeto, serão realizadas atividades de esclarecimento em todo o país, inclusive exames e outras ações. O objetivo é reduzir os índices de mortalidade neste tipo de câncer.

Por Nathália Rodrigues