MUDANÇAS NO TRÂNSITO E NA VIDA DO NITEROIENSE.
Bruna Marques
No dia 25 de fevereiro, aconteceu na Câmara Municipal de Niterói, uma reunião sobre as próximas mudanças que ocorreram no trânsito da cidade. Na reunião estavam presentes a secretária de serviços públicos, trânsito e transportes, Dayse Monassa, os vereadores: Renatinho, Walmir Trindade, Zaff, Felipe Peixoto, Paulo Eduardo Gomes, Gallo e Paulo Bagueira.
Na reunião foram apresentados e discutidos problemas que afetam o trânsito da cidade e as soluções para eles. Um grande problema da cidade hoje é a ponte Rio-Niterói com mais de 80 mil veículos diariamente, é mais que o dobro do suportado. A cidade passa por crescimento e com isso há um aumento crítico de moradores, condomínios e conseqüentemente de veículos. Outro motivo também seria a localização da cidade, Niterói é a principal passagem para outras cidades. Por esses motivos a prefeitura junto com o governo do estado implantará novas mudanças para a melhoria do trânsito na cidade.
Existe desde o ano 2003, um plano diretor de transportes e trânsito, o P.D.T.T. Esse plano mostra a evolução da cidade no trânsito e as intervenções previstas. Estão incluídas três obras no P.D.T.T, na Alameda São Boaventura, onde serão feitas faixas seletiva para os ônibus, seis baias com parada de ônibus sobre o canal e travessia de pedestres – a atual obra do corredor viário, com conclusão prevista para 200 dias. Essa obra gera polêmica entre ônibus e vans, pois será necessário a redução do número de linhas de ônibus e as vans não irão poder parar nos pontos de ônibus, com conseqüência de multas.Uma grande preocupação dos moradores do bairro do Fonseca, é com a demolição das árvores do canal, uma identidade do bairro. Segundo a secretária, menos de 10% das árvores vão sair do local.
Outra obra prevista é na Avenida Feliciano Sodré, onde será feito um mergulhão, como se fosse uma pista subterrânea, com as medidas necessárias para abrigar a futura linha 3 do metrô. Enquanto as obras do metrô não vierem, o mergulhão será usado como uma passagem para carros e ônibus. A “zona” da parada das vans em locais proibidos irá terminar. A Estação Moinho, será feita na Avenida Washington Luis, nos dois sentidos, para regularizar um terminal de vans. Além do terminal das vans, está previsto a construção de dois terminais de integração de ônibus nos bairros do Fonseca e do Barreto.
Na Avenida Marquês de Paraná, será construído um mergulhão longitudinal nas interseções da Avenida Amaral Peixoto e Rua Dr. Celestino. “O objetivo é eliminar interseções em níveis e melhorar o tráfego local”, disse a secretária.
Além das obras previstas no P.D.T.T, serão realizadas outras obras para conter o índice de trânsito. A câmara aprovou um projeto onde a Avenida Professor Plínio Leite (ao lado do Carrefour), terá 6 faixas de mão dupla. Esse projeto tem o objetivo de facilitar a chegada ao Teatro Popular e ao Caminho Niemyer.
Em agosto de 2007 foi aprovada e liberada a obra tão aguardada na Avenida do Contorno, já que não recebia investimento há 40 anos. A avenida que leva ao bairro do Barreto e ao principal acesso a Manilha, receberá até 2011, a construção de um novo viaduto que passará no meio da avenida e levará ao acesso da escola de samba Viradouro. Para isso haverá a demolição do atual viaduto do Barreto. Além do viaduto, será feita mais uma faixa nos dois sentidos, tendo assim 3 faixas e mais o acostamento.
Linha 3 do metrô: O projeto, segundo contou a secretária, será feito em duas etapas. A primeira, que deverá ser iniciada em 2010, tem o trajeto do Terminal João Goulart, passando pelas avenidas Rio Branco e Feliciano Sodré, subindo o Viaduto da Avenida do Contorno, descendo na entrada da Ilha da Conceição, terminando no Pátio da Leopoldina, na antiga estação do trem, e seguindo até Guaxindiba. Segundo a secretária, a principal intervenção necessária seria feita na altura da Avenida do Contorno, que será duplicada pela empresa OHL Brasil e ganhará mais um pavimento. A mudança, segundo Dayse, inviabilizaria a passagem da Linha 3 do Metro por cima do viaduto, como estaria sendo proposto pela empresa de Noronha."O projeto da empresa OHL Brasil, concessionária da BR-101, prevê a construção de mais um pavimento para a Contorno e a inclinação da descida da Linha 3 do Metrô, que passaria por cima do viaduto, tornaria o trajeto inviável", enfatizou.
Outro problema seria com relação ao terreno onde será construída a estação do metrô na cidade. "No projeto do Noronha a estação ficará localizada no terreno ao lado do Terminal Rodoviário João Goulart. Mas fiquei sabendo que há intenção de outras finalidades para o local, como a construção de um prédio para abrigar camelôs", lembrou. Sobre o segundo trecho, que ligará Niterói à Praça XV, no Centro do Rio, através de um túnel de 5,5 quilômetros que passará por baixo da Baía de Guanabara, a primeira afirmação da secretária é que não há a menor previsão para a execução desta obra.
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