A prática da automedicação é muito comum e vem trazendo preocupação nos neuro-cientificos. Os neurologistas são profissionais que irá orientar e dizer como tratar o problema da cefaleia, com medicação para cada caso em particular.
No mês de setembro aconteceu o XXI Congresso Brasileiro de Cefaleia,
Maria Eduarda Nobre, neurologista, da Sociedade Brasileira de Cefaléia, considera que no desespero, pacientes tomam analgésicos mesmo antes de sentir dor, e consomem mais de duas vezes na semana, este seria um dos obstáculos a ser vencido para um resultado curador e correto. A maioria melhora com tratamentos orientados pelos neurologistas. Existem casos mais resistentes, afirma Dr. Eduarda.
Apenas uma crise por mês, 80% alcança bons resultados, de acordo com Maurice Vincent, neurologista e professor-adjunto da faculdade de medicina da UFRJ. As mulheres são as mais cometidas lá no final da infância,costuma surgir agravando na maturidade e no período da TPM, obtendo uma trégua durante a gestação e na terceira idade, diz Vincent, um dos pesquisadores envolvido no estudo com médicos de Havard. Vincent explica que a enxaqueca não é apenas dor de cabeça, e sim um sintoma principal, que é conseqüência da crise, não a causa.
O Fenômeno neurológico transitório, percebido por algumas pessoas antes da dor, é denominado por Aura, as pessoas que sofrem do mal, visualizam linhas brilhantes em ziguezague, manchas, enxergam em cubos ou como visão mosaico, objetos de proporções exageradamente grandes ou pequenas e tudo muito longe e ainda se manifesta por dormência, que pode levar até 72 horas, a síndrome é considerada síndrome da Alice no país das maravilhas. O acompanhamento e tratamento médico são importantes para prevenir e monitorar as crises agudas. Os médicos irão utilizar de várias formas de tratamento sendo a principal o uso de medicamentos tais como: triptanos na fase aguda e antidepressivos, ant- hipertensivos e anticonvulsivantes como profiláticos.
Os avanços têm sido notáveis, o alívio com o tratamento adequado é eficaz, mas ao mesmo tempo traz insatisfação para alguns pacientes, pois alguns ganham peso com a medicação dos profiláticos. Eduarda diz que existe varias opções de drogas.
“Com doses pequenas, diminuirá efeitos indesejados. O segredo é ter um acompanhamento perfeito, é a chave do sucesso do tratamento”, diz a médica. Fazer um diário da dor pelo paciente é de grande valia, pois ele, o paciente, relatará o dia, a intensidade, a duração e o uso de analgésicos na crise. Outros fatores, como dormir pouco ou muito, alimentos, jejum, estresse e ciclo menstrual.É preciso levar uma vida regrada. Quem tem enxaqueca não pode cometer excessos. Principalmente deve tomar o mínimo de analgésicos – Ensina.
Pesuisadores Brasileiros e americanos procuram esclarecer o porquê dos sintomas. Uma boa parte da população mundial sofre de enxaqueca, cientistas afirmam que a doença é herdada geneticamente. É normal pessoas de uma mesma família sofrerem da doença, as mulheres principalmente.A partir de pesquisas, a esperança é que novos exames e métodos sejam realizados para melhor adequar nos tratamento. Somente analgésicos são usados nas crises, em alguns casos não são indicados porque apenas tratam os sintomas e aumentam a tolerância à droga, informou o Dr.Vincent.
Os sintomas da enxaqueca podem ser latejantes ou uma forte sensação de pressão; podendo atacar qualquer parte da cabeça, porém a mais corriqueira é na fronte e na têmpora. Isso acontece por causa de alterações que tem seu inicio na parte posterior do cérebro, no córtex, isso acontece porque vasos sangüíneos intra e extracranianos inflamam. Os primeiros sintomas da crise surgem horas ou até dias antes da dor. Muitos medicamentos, alimentos, exercícios, alterações hormonais, estresse e excesso ou falta de sono, são alguns dos motivos que levam a desencadear as crises, mas estes, não são as causas da doença. Enxaqueca é uma doença neurovascular motivada pelo desequilíbrio químico no cérebro.
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